coluna de hj.

A idéia não é tão inovadora assim. Nossa ex-primeira dama Lucy Montoro alardeou aos quatro ventos, em sua época, que gostava de cultivar sua própria horta no Palácio dos Bandeirantes. Sua intenção era propagar a idéia de que cada um de nós pode cultivar produtos comestíveis em nossas casas e com baixo custo operacional e financeiro. Essa idéia como dizia dona Lucy, poderia ser aproveitada por qualquer um de nós, mas principalmente, pelas camadas mais pobres da população que assim afastariam o fantasma da fome de uma forma criativa e artesanal, e sem a pieguice alardeada por tantos outros governos que se seguiram. Como na época, a mídia não era tão persuasiva como é hoje, o gesto precursor de Lucy Montoro ficou restrito aos felizardos moradores do Palácio. Passados alguns anos, o “boom” de se cultivar e consumir alimentos orgânicos em casa ou em feiras e supermercados parece ser a grande moda no mundo. Nos Estados Unidos, impulsionados pela crise econômica, moradores da Califórnia investem na produção de hortaliças e frutas em seus jardins e com isso chegam a economizar US$ 600 por ano. Em tempos de crise e de excessivo desperdício, nada melhor do que cultivar, colher e comer o alimento de sua própria horta, seja ela um pequeno canteiro no jardim ou um pequeno vaso de hortaliças colocado na janela da cozinha.Que o exemplo simples e singelo de nossa saudosa ex-primeira dama possa ser seguido por muitas pessoas. Diante de uma atitude tão simples, mas transformadora; o conselho é um só: faça a diferença, você pode.